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Repostando meu primeiro conto...
“Uma ilha chamada sonho.”
Era uma linda manhã de sábado quando eu fui buscar a Thalita para nosso fim de semana juntos. Ela não gosta do seu nome eu sei, mas eu não consigo entender o motivo. Adoro o nome dela. Sorrio. Se eu disser que gosto do nome dela, ela vai dizer que eu gosto só pra contrariá-la. Talvez até seja verdade, por que eu adoro ver ela contrariada.
Faço uma trilha de margaridas que vão da porta de sua casa até a entrada dalimusine branca. Se eu a conheço ao menos um pouco ela vai juntar todas as margaridas. Ela nunca pisaria em uma flor tão linda. Sua preferida.
Peço pra que o motorista toque a campainha e fico a esperando no carro com a ultima margarida do buquê. Ela abre a porta e está tão linda que até perco o fôlego. Ela veste um shorts cinza soltinho e uma batinha branca que disfarçam sutilmente seu quadril, mas sem deixar suas curvas desapercebidas, nos pés ela uma melissa prata com alguns detalhes florais. Como se fosse uma visão ela vem juntando as flores do chão como eu presumi e sorrindo com cada uma. Oh Deus o sorriso dela. Parece uma menininha. Pequena e delicada.
Quando ela entra na limusine sorri daquele jeitinho que me encanta. Eu sorrio e entrego a ultima margarida pra ela. Minha timidez me pega de jeito e eu só consigo sorrir e beijar a mão dela. Ela me parece meio tímida também ou apenas um pouco comedida. Respiro fundo pra criar coragem para falar com ela.
“Você já voou de helicóptero?” Eu pergunto finalmente.
“Não.” Ela responde ainda admirando as flores.
“Espero que não tenha medo de altura.”
“Não é a coisa mais agradável pra mim, mas medo é para os fracos.” Ela responde fazendo graça. “Posso saber aonde vamos?”
“É uma surpresa.”
“Ai,eu odeio surpresas.” Ela bufa impaciente. “Principalmente quando são pra mim.”
“Dessa surpresa você vai gostar. Eu prometo.”
Chegamos ao heliporto e o helicóptero já estava nos esperando e seguimos nosso destino. Uma ilha que eu aluguei especialmente para esse fim de semana.
Quando chegamos à ilha a empregada nos avisou que o almoço seria servido logo.
“E então o que achou?” Eu pergunto me referindo à ilha.”
“Eu adorei. É maravilhosa.” Ela responde olhando em volta.
“Vamos conhecer seu quarto moçinha?”
“Vamos sim. Preciso arrumar minhas coisas.”
Ajudo-a a levar as malas pra cima e mostro seu quarto que fica ao lado do meu e tem uma varanda que dá de frente pro mar. Sorrio ao ver nos olhos dela que eu acertei em cheio. Ela tem os olhos brilhando de excitação, como uma criança diante de um truque de mágica.
“Essa vista é linda.” Ela diz maravilhada.
“Linda como você.” Eu digo sorrindo e me aproximando para segurar sua mão e beijá-la novamente. “Vou fazer uns preparativos, se eu fosse você colocaria um biquíni.”
Depois do almoço fomos passear na praia. Eu claro que não sai debaixo do guarda-sol nem um minuto, mas isso não pareceu incomodá-la ainda bem. Conversamos sobre muita coisa, mas nosso foco principal eram os filhos. Ela fala com tanto carinho do filho dela que até me emociona e eu sinto muita vontade de conhecê-lo. Conversamos sobre música, filmes, comida e até chegamos a discutir por que o céu é azul. É incrível como podemos ser felizes com coisas tão simples como caminhar na praia de mãos dadas. Oh! Eu me esqueci de mencionar que depois de mais de uma hora andado ao seu lado eu tive coragem de pegar na mão dela. Eu sei que parece bobo, mas o ato de andar de mãos dadas pra mim é mais intenso que um beijo. Por quê? Ora porque é o inicio de tudo é o primeiro contato.
Depois de algum tempo caminhando, resolvemos nos sentar e olhar o mar. Ela claro depois de algum tempo olhando aquela maravilha decide dar um mergulho. Eu a incentivo sentindo certa inveja. Eu adoraria entrar na água, mas com meu problema de pele é impossível. Então eu fico sentado na areia a observando brincar na água como uma criança. Eu já disse que ela é linda?
Voltamos para casa cansados e precisando de um banho. Subimos ainda de mãos dadas e eu a levei até a porta do quarto dela. Ela encostou-se ao batente da porta e tirou o chapéu e os óculos e sorriu me encantando novamente.
“Obrigada pelo lindo passeio Michael.”
“Não me agradeça. É um prazer. Eu vou tomar um banho e descansar um pouco, porque não faz o mesmo?”
“É o que eu vou fazer. Até mais Michael.”
“Até mais.” E num impulso seguro o rosto dela com as mãos e roubo um beijo antes de abrir a porta do quarto para ela entrar. “Volto te buscar as nove moçinha.”
Bati na sua porta nove horas em ponto e para minha surpresa ela já estava pronta e me atendeu assim que eu bati. Quando ela abre a porta me deixa sem fôlego novamente. Está usando um vestido rosa bem clarinho de alçinhas e estrategicamente há um palmo do joelho. Nos pés uma sandália da mesma cor com alguns detalhes brilhantes e um salto alto. Acho que ela está tentando diminuir a nossa diferença de altura. Eu sorrio com o pensamento, pois ela não teve muito sucesso. Ela capta na hora meu sorriso divertido e parece já saber do que se trata, pois arma um bico e respira fundo antes de falar.
“Posso saber qual é a graça? Por que está rindo de mim?”
“Não estou rindo de você, estou sorrindo pra você.” Minto segurando seu queixo e dando-lhe um selinho ns lábios. Normalmente eu diria a
verdade, mas esse não é o melhor momento para deixá-la irritada. “Vamos indo moçinha, nosso jantar logo será servido.”
Como eu havia pedido o jantar foi servido no píer. No cardápio tínhamos peixe assado acompanhado com batatas gratinadas, brócolis e couve- flor ao molho branco e para beber um vinho branco suave.
Sentamos de frente um para o outro de modo que as velas da mesa faziam seus olhos ficarem ainda mais iluminados, deixando ela ainda mais
encantadora. Eu não conseguia parar de olha-la durante todo o jantar e isso a fazia corar e a mim também quando era pego olhando-a. Terminamos o jantar e continuamos sentados bebendo vinho e conversando. Eu adoro conversar com ela sobre tudo. Falamos sobre nossas vidas, nossas famílias e como não poderia ser diferente, sobre nossos filhos. Ela é muito inteligente e eu adoro mulheres inteligentes. Eu peço pra trazerem a sobremesa. Foundie de chocolate com varias frutas. Manga,morango, kiwi e abacaxi. Antes que seja servido eu me sento ao seu lado. Eu não sabia até então como foundie e vinho podiam ser uma mistura afrodisíaca. O vinho fez com que vencêssemos a timidez e a conversa fluiu melhor. Sem pensar eu espeto um pedaço de morango, banho no chocolate e dou na sua boca e assim vou fazendo enquanto conversamos e eu não consigo tirar os olhos da boca dela. Até que sem querer eu lambuzo o queixo dela e num impulso eu passo meu dedo indicador limpando-o e levando em seguida a minha boca e sem parar de olhá-la eu sussurro.
“Deliciosa.” E sem pensar tomo os seus lábios nos meus. Sinto o sabor do chocolate com a textura dos lábios dela que é uma mistura ainda melhor que foundie e vinho. Saboreio os lábios dela por alguns minutos até que sinto seu coração acelerado e paro pra olhar pra ela apreensivo. Elaapenas sorri e oferece novamente seus lábios macios pra mim que os aceito de imediato e volto a beijá-la, a saboreá-la. Eu seguro seu rosto com ambas as mãos acariciando suavemente até deixar que minhas mãos desçam até sua cintura e trago seu corpo um pouco mais junto ao meu. Sinto-a ofegar e se arrepiar e sorrio satisfeito em saber que existe reciprocidade entre o que estamos sentindo. Ficamos algum tempo naquela troca de carinhos até que eu tenho a brilhante idéia de passear na beira da praia. Ela foi mais esperta ainda e sugeriu que levássemos a garrafa de vinho e uma manta conosco. Caminhamos como dois namorados adolescentes pela areia até sentarmos bem perto do mar, onde as ondas morriam aos nossos pés. Ficamos admirando a lua, ou melhor, ela admirava a lua por que eu não conseguia tirar os olhos dela. Em certo momento um vento frio nos atingiu, fazendo com que ela se arrepiasse. Eu pego a manta e jogo sobre meus ombros e ofereço meus braços para aquecê-la, ela vem pra mim e se aconchega no meu peito. Não quero ser presunçoso, mas acredito que ela deva estar agradecendo por ser pequenina e caber nos meus braços como uma criança. Ela pede para que eu cante pra ela e eu canto “The lady in my life” enquanto faço cafuné na cabeça dela e vez por outra aspiro o doce perfume que vem dos cabelos, do corpo dela. Penso em perguntar que perfume ela usa, mas desisto preferindo continuar com a ilusão de que não é nada artificial e que aquele perfume emana da pele dela naturalmente. Quando termino de cantar percebo que ela adormeceu nos meus braços. Sorrio admirado e a ergo no colo levando-a pra dentro. Deito-a na cama, jogo apenas um lençol sobre ela e dou mais um beijo em seus lábios antes de ir para o meu quarto, mas meio dormindo meio acordada ela pega minha mão e segura como se pedisse para que eu deitasse ao seu lado. Eu não vejo mal algum em me deitar ao seu lado por uns minutos e assim o faço.
Acordei num salto pela manhã, olhei pro lado e ela ainda estava lá. Linda e adormecida. Levanto-me rapidamente e vou até meu quarto para me arrumar. Estou lá embaixo, sentado na varanda observando o mar diante de uma mesa de café da manhã quando sinto duas mãozinhas cheirosas e macias cobrirem meus olhos.
“Ganha um doce se adivinhar quem é.”
“É uma moçinha linda chamada Tha...Lola.” Eu respondo sorrindo e puxando ela, fazendo com que caísse no meu colo.
“Acertou, mas eu não tenho um doce pra você agora.” Ela diz com falsa vergonha.
“De você eu quero outra coisa moçinha.” Digo beijando-a em seguida. “Dormiu bem moçinha?” Pergunto ao fim do beijo.
“Muito bem, aliás, me desculpe por ontem.” Ela baixando os olhos envergonhada.
“Não tem por que se desculpar. Você foi perfeita.”
“Eu perfeita? Você foi perfeito e eu peguei no sono.”
“Foi um prazer fazer você dormir. Agora tome logo seu desjejum que eu tenho uma surpresa.”
“Mais surpresas?”
“Nem pense nisso. Eu não vou te contar nada.”
Depois do desjejum eu tive um grande trabalho pra convence-la a usar uma venda e deixar que eu a guiasse até a surpresa, mas depois de eu prometer umas mil vezes por umas mil coisas ela cedeu. Levei-a pela praia até a surpresa e quando eu tirei a venda estávamos diante de uma lancha (coberta é obvio) que nos levaria para um passeio no mar. O passeio é claro foi perfeito. Ela sorria feliz como uma criança diante daquela paisagem paradisíaca. Porém aquele passeio reservava ainda mais surpresas. Além do passeio em si, nós mergulhamos. Ela teve receio no começo, mas aceitou mergulhar comigo e ficou deslumbrada com toda a beleza do fundo do mar. Almoçamos na lancha e ali passamos o resto do dia. Voltamos pra casa pouco antes do sol se pôr. Sentamos na beira da praia. Ela sentada entre minhas pernas. Eu a envolvi nos meus braços e encostei meu queixo nos ombros dela e ali ficamos admirando o sol se pôr, tentando esquecer que logo estaríamos de volta à realidade e longe da nossa ilha chamada “Sonho”...
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“Uma ilha chamada sonho.”
Era uma linda manhã de sábado quando eu fui buscar a Thalita para nosso fim de semana juntos. Ela não gosta do seu nome eu sei, mas eu não consigo entender o motivo. Adoro o nome dela. Sorrio. Se eu disser que gosto do nome dela, ela vai dizer que eu gosto só pra contrariá-la. Talvez até seja verdade, por que eu adoro ver ela contrariada.
Faço uma trilha de margaridas que vão da porta de sua casa até a entrada dalimusine branca. Se eu a conheço ao menos um pouco ela vai juntar todas as margaridas. Ela nunca pisaria em uma flor tão linda. Sua preferida.
Peço pra que o motorista toque a campainha e fico a esperando no carro com a ultima margarida do buquê. Ela abre a porta e está tão linda que até perco o fôlego. Ela veste um shorts cinza soltinho e uma batinha branca que disfarçam sutilmente seu quadril, mas sem deixar suas curvas desapercebidas, nos pés ela uma melissa prata com alguns detalhes florais. Como se fosse uma visão ela vem juntando as flores do chão como eu presumi e sorrindo com cada uma. Oh Deus o sorriso dela. Parece uma menininha. Pequena e delicada.
Quando ela entra na limusine sorri daquele jeitinho que me encanta. Eu sorrio e entrego a ultima margarida pra ela. Minha timidez me pega de jeito e eu só consigo sorrir e beijar a mão dela. Ela me parece meio tímida também ou apenas um pouco comedida. Respiro fundo pra criar coragem para falar com ela.
“Você já voou de helicóptero?” Eu pergunto finalmente.
“Não.” Ela responde ainda admirando as flores.
“Espero que não tenha medo de altura.”
“Não é a coisa mais agradável pra mim, mas medo é para os fracos.” Ela responde fazendo graça. “Posso saber aonde vamos?”
“É uma surpresa.”
“Ai,eu odeio surpresas.” Ela bufa impaciente. “Principalmente quando são pra mim.”
“Dessa surpresa você vai gostar. Eu prometo.”
Chegamos ao heliporto e o helicóptero já estava nos esperando e seguimos nosso destino. Uma ilha que eu aluguei especialmente para esse fim de semana.
Quando chegamos à ilha a empregada nos avisou que o almoço seria servido logo.
“E então o que achou?” Eu pergunto me referindo à ilha.”
“Eu adorei. É maravilhosa.” Ela responde olhando em volta.
“Vamos conhecer seu quarto moçinha?”
“Vamos sim. Preciso arrumar minhas coisas.”
Ajudo-a a levar as malas pra cima e mostro seu quarto que fica ao lado do meu e tem uma varanda que dá de frente pro mar. Sorrio ao ver nos olhos dela que eu acertei em cheio. Ela tem os olhos brilhando de excitação, como uma criança diante de um truque de mágica.
“Essa vista é linda.” Ela diz maravilhada.
“Linda como você.” Eu digo sorrindo e me aproximando para segurar sua mão e beijá-la novamente. “Vou fazer uns preparativos, se eu fosse você colocaria um biquíni.”
Depois do almoço fomos passear na praia. Eu claro que não sai debaixo do guarda-sol nem um minuto, mas isso não pareceu incomodá-la ainda bem. Conversamos sobre muita coisa, mas nosso foco principal eram os filhos. Ela fala com tanto carinho do filho dela que até me emociona e eu sinto muita vontade de conhecê-lo. Conversamos sobre música, filmes, comida e até chegamos a discutir por que o céu é azul. É incrível como podemos ser felizes com coisas tão simples como caminhar na praia de mãos dadas. Oh! Eu me esqueci de mencionar que depois de mais de uma hora andado ao seu lado eu tive coragem de pegar na mão dela. Eu sei que parece bobo, mas o ato de andar de mãos dadas pra mim é mais intenso que um beijo. Por quê? Ora porque é o inicio de tudo é o primeiro contato.
Depois de algum tempo caminhando, resolvemos nos sentar e olhar o mar. Ela claro depois de algum tempo olhando aquela maravilha decide dar um mergulho. Eu a incentivo sentindo certa inveja. Eu adoraria entrar na água, mas com meu problema de pele é impossível. Então eu fico sentado na areia a observando brincar na água como uma criança. Eu já disse que ela é linda?
Voltamos para casa cansados e precisando de um banho. Subimos ainda de mãos dadas e eu a levei até a porta do quarto dela. Ela encostou-se ao batente da porta e tirou o chapéu e os óculos e sorriu me encantando novamente.
“Obrigada pelo lindo passeio Michael.”
“Não me agradeça. É um prazer. Eu vou tomar um banho e descansar um pouco, porque não faz o mesmo?”
“É o que eu vou fazer. Até mais Michael.”
“Até mais.” E num impulso seguro o rosto dela com as mãos e roubo um beijo antes de abrir a porta do quarto para ela entrar. “Volto te buscar as nove moçinha.”
Bati na sua porta nove horas em ponto e para minha surpresa ela já estava pronta e me atendeu assim que eu bati. Quando ela abre a porta me deixa sem fôlego novamente. Está usando um vestido rosa bem clarinho de alçinhas e estrategicamente há um palmo do joelho. Nos pés uma sandália da mesma cor com alguns detalhes brilhantes e um salto alto. Acho que ela está tentando diminuir a nossa diferença de altura. Eu sorrio com o pensamento, pois ela não teve muito sucesso. Ela capta na hora meu sorriso divertido e parece já saber do que se trata, pois arma um bico e respira fundo antes de falar.
“Posso saber qual é a graça? Por que está rindo de mim?”
“Não estou rindo de você, estou sorrindo pra você.” Minto segurando seu queixo e dando-lhe um selinho ns lábios. Normalmente eu diria a
verdade, mas esse não é o melhor momento para deixá-la irritada. “Vamos indo moçinha, nosso jantar logo será servido.”
Como eu havia pedido o jantar foi servido no píer. No cardápio tínhamos peixe assado acompanhado com batatas gratinadas, brócolis e couve- flor ao molho branco e para beber um vinho branco suave.
Sentamos de frente um para o outro de modo que as velas da mesa faziam seus olhos ficarem ainda mais iluminados, deixando ela ainda mais
encantadora. Eu não conseguia parar de olha-la durante todo o jantar e isso a fazia corar e a mim também quando era pego olhando-a. Terminamos o jantar e continuamos sentados bebendo vinho e conversando. Eu adoro conversar com ela sobre tudo. Falamos sobre nossas vidas, nossas famílias e como não poderia ser diferente, sobre nossos filhos. Ela é muito inteligente e eu adoro mulheres inteligentes. Eu peço pra trazerem a sobremesa. Foundie de chocolate com varias frutas. Manga,morango, kiwi e abacaxi. Antes que seja servido eu me sento ao seu lado. Eu não sabia até então como foundie e vinho podiam ser uma mistura afrodisíaca. O vinho fez com que vencêssemos a timidez e a conversa fluiu melhor. Sem pensar eu espeto um pedaço de morango, banho no chocolate e dou na sua boca e assim vou fazendo enquanto conversamos e eu não consigo tirar os olhos da boca dela. Até que sem querer eu lambuzo o queixo dela e num impulso eu passo meu dedo indicador limpando-o e levando em seguida a minha boca e sem parar de olhá-la eu sussurro.
“Deliciosa.” E sem pensar tomo os seus lábios nos meus. Sinto o sabor do chocolate com a textura dos lábios dela que é uma mistura ainda melhor que foundie e vinho. Saboreio os lábios dela por alguns minutos até que sinto seu coração acelerado e paro pra olhar pra ela apreensivo. Elaapenas sorri e oferece novamente seus lábios macios pra mim que os aceito de imediato e volto a beijá-la, a saboreá-la. Eu seguro seu rosto com ambas as mãos acariciando suavemente até deixar que minhas mãos desçam até sua cintura e trago seu corpo um pouco mais junto ao meu. Sinto-a ofegar e se arrepiar e sorrio satisfeito em saber que existe reciprocidade entre o que estamos sentindo. Ficamos algum tempo naquela troca de carinhos até que eu tenho a brilhante idéia de passear na beira da praia. Ela foi mais esperta ainda e sugeriu que levássemos a garrafa de vinho e uma manta conosco. Caminhamos como dois namorados adolescentes pela areia até sentarmos bem perto do mar, onde as ondas morriam aos nossos pés. Ficamos admirando a lua, ou melhor, ela admirava a lua por que eu não conseguia tirar os olhos dela. Em certo momento um vento frio nos atingiu, fazendo com que ela se arrepiasse. Eu pego a manta e jogo sobre meus ombros e ofereço meus braços para aquecê-la, ela vem pra mim e se aconchega no meu peito. Não quero ser presunçoso, mas acredito que ela deva estar agradecendo por ser pequenina e caber nos meus braços como uma criança. Ela pede para que eu cante pra ela e eu canto “The lady in my life” enquanto faço cafuné na cabeça dela e vez por outra aspiro o doce perfume que vem dos cabelos, do corpo dela. Penso em perguntar que perfume ela usa, mas desisto preferindo continuar com a ilusão de que não é nada artificial e que aquele perfume emana da pele dela naturalmente. Quando termino de cantar percebo que ela adormeceu nos meus braços. Sorrio admirado e a ergo no colo levando-a pra dentro. Deito-a na cama, jogo apenas um lençol sobre ela e dou mais um beijo em seus lábios antes de ir para o meu quarto, mas meio dormindo meio acordada ela pega minha mão e segura como se pedisse para que eu deitasse ao seu lado. Eu não vejo mal algum em me deitar ao seu lado por uns minutos e assim o faço.
Acordei num salto pela manhã, olhei pro lado e ela ainda estava lá. Linda e adormecida. Levanto-me rapidamente e vou até meu quarto para me arrumar. Estou lá embaixo, sentado na varanda observando o mar diante de uma mesa de café da manhã quando sinto duas mãozinhas cheirosas e macias cobrirem meus olhos.
“Ganha um doce se adivinhar quem é.”
“É uma moçinha linda chamada Tha...Lola.” Eu respondo sorrindo e puxando ela, fazendo com que caísse no meu colo.
“Acertou, mas eu não tenho um doce pra você agora.” Ela diz com falsa vergonha.
“De você eu quero outra coisa moçinha.” Digo beijando-a em seguida. “Dormiu bem moçinha?” Pergunto ao fim do beijo.
“Muito bem, aliás, me desculpe por ontem.” Ela baixando os olhos envergonhada.
“Não tem por que se desculpar. Você foi perfeita.”
“Eu perfeita? Você foi perfeito e eu peguei no sono.”
“Foi um prazer fazer você dormir. Agora tome logo seu desjejum que eu tenho uma surpresa.”
“Mais surpresas?”
“Nem pense nisso. Eu não vou te contar nada.”
Depois do desjejum eu tive um grande trabalho pra convence-la a usar uma venda e deixar que eu a guiasse até a surpresa, mas depois de eu prometer umas mil vezes por umas mil coisas ela cedeu. Levei-a pela praia até a surpresa e quando eu tirei a venda estávamos diante de uma lancha (coberta é obvio) que nos levaria para um passeio no mar. O passeio é claro foi perfeito. Ela sorria feliz como uma criança diante daquela paisagem paradisíaca. Porém aquele passeio reservava ainda mais surpresas. Além do passeio em si, nós mergulhamos. Ela teve receio no começo, mas aceitou mergulhar comigo e ficou deslumbrada com toda a beleza do fundo do mar. Almoçamos na lancha e ali passamos o resto do dia. Voltamos pra casa pouco antes do sol se pôr. Sentamos na beira da praia. Ela sentada entre minhas pernas. Eu a envolvi nos meus braços e encostei meu queixo nos ombros dela e ali ficamos admirando o sol se pôr, tentando esquecer que logo estaríamos de volta à realidade e longe da nossa ilha chamada “Sonho”...
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